Curvas imaginárias

Gosto que imagine curvas perfeitas, ainda que na realidade, os relevos desse corpo não se mostrem muito mais do que comuns. Gosto que pense em lábios macios e ansiosos, regados de vinho tinto, prontos para se entregarem a beijos molhados. 

Gosto que visualize seios que enchem uma mão, que cabem na boca, e que se ouriçam ao leve toque da língua. Que escute em sua mente os gemidos que demonstram o misto de dor e prazer ao ter seus dentes trancados em volta de um mamilo. 

Gosto que se pergunte que sabor tem essa pele, se ficaria arrepiada com um toque. Ou como seria encostar dedos entre essas coxas, sentir a excitação escorrendo, e ser a causa desse encharque. 

Gosto que queira se encaixar nesse corpo, e pesar o tronco sobre ele. Que anseie por prender esses punhos com uma das mãos, ao passo que a outra puxa esses quadris de encontro aos seus. Gosto que idealize a amplitude do preencher. 

Gosto que se excite, que provoque, que sinta vontade. E gosto que essa mente real crie desejos sobre curvas imaginárias.

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